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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tempo do Advento

Como podemos nos preparar para o advento?

Precisamos estar prontos para o encontro com o Senhor

O Ano Litúrgico gira em torno das duas grandes festas do mistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. A fim de nos prepararmos bem para essas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma e nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.

Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que, há dois mil anos, nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judeia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Sagrada Escritura: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).

No Advento temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do "Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos" e na semana que antecede a festa natalina a preparação próxima para celebrar o "Senhor que nasceu pobre no Oriente". Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o “Senhor que vem” em sua vida e renova a sua existência.

Celebrar o Natal é reconhecer que "Deus visitou o seu povo" (cf. Lc 7, 16). Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com nossas palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a "estar com Jesus", e então nossa vida em sociedade verá nascer o Sol da Justiça.

O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo, que mais uma vez quer nascer em nossa vida neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois "não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado" (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo. "Ele não tira nada, Ele dá tudo".

Dom Orani João Tempesta

Fonte: http://www.cancaonova.com.br/portal/canais/formacao

Por que se expõe Jesus na Eucarístia?

Somente em Jesus Cristo, presente entre nós, pode haver salvação

O culto da exposição, ousamos afirmar, é a necessidade de nossa época; impõe-se esse testemunho público e solene da fé dos povos na divindade de Jesus Cristo e na veracidade de Sua presença sacramental. É a melhor refutação que se pode fazer aos renegados, aos apóstatas, aos ímpios e aos indiferentes, refutação que cairá sobre eles qual montanha de fogo do amor e da bondade.
O culto da exposição é necessário para salvar a sociedade, que morre por não ter mais um centro de verdade nem de caridade, tampouco de vida de família. Cada membro se isola, se concentra, procura bastar a si mesmo; a dissolução é iminente.

A sociedade renascerá, entretanto, cheia de vigor, quando todos os seus membros vierem se reunir em torno de nosso Emanuel (cf. Mt 1,23). É mister refluir à fonte da vida, a Jesus na Eucaristia, fazê-Lo sair de Sua reclusão, a fim de que se coloque novamente à frente das sociedades cristãs, para dirigi-las e salvá-las; é mister reconstruir-Lhe um palácio, um trono real, uma coorte de servos fiéis, uma família de amigos, uma multidão de adoradores.

O culto da exposição é necessário para despertar a fé adormecida em tantos homens de caráter que não conhecem mais Jesus Cristo, porque se esqueceram de que Ele mora na vizinhança, de que é amigo e Deus deles. Esse culto é necessário para estimular a verdadeira piedade, retida desde muito na porta do santuário onde Jesus está sempre disposto a nos abençoar e nos abrir Seu Coração.
O grande mal de nossa época é não dirigirem a alma a Jesus Cristo como a seu Deus e Salvador. Despreza-se o único fundamento, a lei única, a graça única de salvação.

O mal da piedade estéril é que ela não parte de Jesus Cristo e não converge para Ele. A alma se detém no caminho, distrai-se com uma flor… O amor divino não tem sua vida, seu centro, no Sacramento da Eucaristia, e, portanto, não está em suas verdadeiras condições de expansão. Somente em Jesus Cristo, presente entre nós, pode haver salvação. O mal é tão grande que somente Ele é capaz de nos salvar. É a batalha decisiva. Um santo, um anjo, um taumaturgo, um gênio, um grande orador, tudo isso é ineficaz.

É necessário Jesus Cristo em Pessoa: eis o Santíssimo Sacramento, Seu combate e Seu triunfo.

Padre Luizinho
Comunidade Canção Nova

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12103

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ver o invisível através dos olhos da fé

Com ela aprendemos a não desprezar as lições da vida


"A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vê. Por ela, os antigos receberam um bom testemunho de Deus. Pela fé compreendemos que o universo foi organizado pela palavra de Deus, de sorte que as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê” (Hb 11,1-3). A Carta aos Hebreus oferece uma série de exemplos de homens e mulheres, dos quais o mundo não era digno, pessoas que viveram como se estivessem vendo o invisível (Cf. Hb 11,27.38). A lista de testemunhas se enriqueceu no correr dos séculos, capitaneada por aquela jovem de Nazaré que nos atrai e convoca ao seguimento de Jesus Cristo, a Virgem de Nazaré. Durante o Círio, aumentou a lista.

Maria experimentou a visita do Anjo, portador da boa notícia vinda de Deus, dando, em nome de toda a humanidade, a resposta que mudou a história. Deus quis contar com aquela mocinha de uma pequena cidade, cujo interior era repleto dos valores da eternidade, e onde Verbo se fez Carne e habitou entre nós. Após a anunciação, “o Anjo retirou-se de junto dela” (Lc 1,38). Toda a sua aventura se desenvolveu no claro-escuro da fé, apostando tudo Naquele que tudo pode. De fato, "para Deus nada é impossível" (Lc 1,37).

Trata-se da fé que mergulha no mistério, muito maior e mais autêntica do que qualquer "fé na vida". É encontrar em Deus, por graça que vem dele mesmo, o rumo da existência e comprometer-se com o Evangelho de Jesus Cristo, acolhido como norma de vida. Tal experiência de fé fez de Maria a mulher fiel no cotidiano, mãe de família exemplar e discípula do Filho que nela foi gerado. Com ela, aprendemos a não desprezar as lições da vida e a guardar tudo no coração, mantendo a solidez das escolhas feitas.

A fé autêntica não é trocada como se muda de roupa, mas ela se aprofunda nos sulcos abertos pelas lutas da vida. Aos muitos heróis da fé, escondidos no meio da multidão, mas conhecidos por Deus, dirija-se a Palavra da Escritura para que continuem firmes: "Com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, que vai à frente da nossa fé e a leva à perfeição.


Em vista da alegria que o esperava, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensai, pois, naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. "Vós ainda não resististes até ao sangue, na vossa luta contra o pecado, e já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: 'Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, não te desanimes quando ele te repreende; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho'”.


Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, pois causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados. Portanto, firmai as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes; tornai retas as trilhas para os vossos pés, para que não se destronque o que é manco, mas antes seja curado" (Hb 12,1-6.11-13).

Dom Alberto Taveira Correa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12058

sábado, 16 de outubro de 2010

Música: Sacramento da Comunhão - Diácono Nelsinho Côrrea

O Sacramento da Comunhão, a Eucarístia, deixado pelo Nosso Senhor, Jesus Cristo é a grande emoção de se pertencer à Igreja Católica. É a presença Real de Corpo e Espírito de Nosso Senhor Jesus Cristo em nosso meio.

Esta música é muito linda e sintetisa toda a emoção e o significado da comunhão.

Glória a ti Senhor!! Bendito seja o Diácono Nelsinho Côrrea pela inspiração desta música!!

domingo, 3 de outubro de 2010

Tríduo de São Francisco de Assis

A Paz de Cristo, irmãos e irmãs!!

Neste mês de Outubro, além das festividades de Nossa Senhora Aparecida e do dia das crianças, comemoramos O Dia de São Francisco de Assis. Celebra-se todo dia 04 de outubro em razão de seu sepultamento e sua Páscoa.

São Francisco de Assis é o padroeiro de nossa Comunidade e, suas festividades e celebrações em sua memória são motivos de muita alegria para todos nós. Neste mês de Outubro iremos acompanhar uma série sobre a vida de São Francisco, seus ideais e, o quanto suas idéias influenciam tantas pessoas até hoje.

Ele que foi um dos que mais perto chegou de ser discipulo e missionário de Jesus Cristo no sentido real dessas palavras.

Abaixo, todos podem encontrar a programação do Tríduo em honra à memória de São Francisco de Assis que estamos realizando em nossa comunidade.

Todos são muito Bem-Vindos!!



Capela São Francisco de Assis
Parque Anhanguera – Pirituba


Tríduo
São Francisco de Assis


1º dia
01 de Outubro – Sexta-feira - 20h
Comunidade São João Gualberto
Celebrante: Pe. Antonio
Tema: “Bem-Aventurados aqueles que como São Francisco, sabem agradecer a Deus por todas as coisas”.

2º dia
02 de Outubro – Sábado - 20h
Comunidade Nossa Senhora Aparecida
Celebrante: Pe. José Lisboa
Tema: “Bem-Aventurados os que como São Francisco, espalham a Fraternidade pelo mundo”.

3º dia
03 de Outubro – Domingo – 19h
Comunidade Santa Luzia
Celebrante Pe. João
Tema: “Bem-Aventurados aqueles que como São Francisco, acreditam que Deus tem um projeto para cada um”.

Festa do Padroeiro
04 de Outubro – Segunda-feira - 20h

Comunidade São Francisco de Assis
Celebrante Pe. João ou Dom Mamede
Tema: “Bem-Aventurados aqueles que como São Francisco, sabem louvar a Deus por toda a criação.”


“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida”.
São Francisco de Assis

A Bíblia na Vida da Igreja II

A Bíblia na Vida da Igreja

O que é o Dei Verbum? Constituição Dogmatica sobre a Revelação Divina nas Sagradas Escrituras




O "Dei Verbum" já vem incluso na Bibia das Edições CNBB. Essa edição vem da tradução original do grego e do hebraico, feita pelos recentes Papas, a partir do Concílio Vaticano II.



Também pode-se encontrar, gratuitamente, o Dei Verbum no site do Vaticano:

www.vatican.va

Basta opitar pela Lingua Portuguesa e buscar pelo documento

Um detalhe que faz toda diferença

Como iniciar um estudo Bíblico?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mobilização Bíblica em Dez passos


O Sínodo sobre a Palavra de Deus realizado em Roma é uma ótima chance para deslancharmos uma mobilização bíblica. Por sermos discípulos missionários, precisamos mais de Bíblia que de projetos pastorais. Nosso povo deve ter acesso à Bíblia, formação bíblica, vivência bíblica para que suscitemos um “catolicismo bíblico”. Eis os passos dessa mobilização:





1. Ter a Bíblia. Para a maioria do povo, a Bíblia é cara. A paróquia e a diocese podem fazer campanhas para o povo ter acesso à Palavra de Deus. Há casas onde não há Bíblia, noutras ela é um enfeite, aliás, bastante caro. Ter a Bíblia nas mãos é uma boa propaganda da Palavra. Para o povo simples e pobre a Bíblia é muito cara. Vamos popularizar a Bíblia com preço acessível ao povo.

2. Saber abrir a Bíblia. O mundo da Bíblia é complexo. Como aprendemos a abrir a TV, o celular, o computador, cada paróquia, pastoral e movimento deve ensinar as pessoas a abrir o Livro Sagrado. Não ignoremos as Escrituras. Basta de analfabetos bíblicos.

3. Saber interpretar. A Bíblia não é um livro fácil. É perigoso cada um fazer sua interpretação pessoal. Não podemos nos fixar ao pé da letra. Isso se chama fundamentalismo. Daí a necessidade de escolas bíblicas. Ouvir e compreender, ler e compreender, eis o que produz fruto.

4. Rezar com a Bíblia. É a Leitura Orante da Bíblia. Ler, meditar, rezar, contemplar. Esta é a porta de entrada para um entusiasmo bíblico e a conseqüente transformação da vida e da realidade. A meditação da Palavra deve ser diária e não menos de meia hora.

5. Estudar as Escrituras. São as escolas bíblicas, cursos, leituras para que a Palavra seja entendida e nunca falsificada. É perigoso ler a Bíblia sem saber interpretar, ler fora do contexto e desligados da Igreja.

6. Formar grupos bíblicos. Conhecemos os grupos bíblicos de reflexão, os círculos bíblicos e outros grupos que se alimentam da Palavra. Nestes grupos acontece o ensino bíblico e a vivência da mensagem. Vamos proliferar grupos bíblicos para que o povo sacie a fome da Palavra.

7. Bons microfones, bons leitores, e bons anunciadores. A Palavra deve ser bem ouvida para produzir o efeito esperado. Precisamos ter todo cuidado com o som, a proclamação e o anúncio da Palavra. Ela não pode cair por terra. A Palavra deve atrair, comover, converter. Haja o ministério que prepara os leitores porque onde se lê a Palavra, ali Deus está falando.

8. Dar primado à Palavra. A Bíblia deve vir antes do catecismo e de outros livros. Nossa catequese deve ser dada com a Bíblia. A Palavra é alma da missão, da liturgia, da teologia. Nada antepor à Palavra de Deus que é Jesus. O primado da Palavra irá realizar a primavera da Igreja porque dará gosto à celebração dos sacramentos e vigor à ação evangelizadora.

9. Ter ministros da celebração da Palavra bem preparados. A celebração da Palavra deve enfocar a Palavra, a homilia, a partilha bíblica. Não transformá-la numa “quase missa”. Os ministros da Palavra, os sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas devem estar nas rádios, jornais, esquinas de rua, casas e templos, divulgando as Sagradas Escrituras. Chegou a hora do “mutirão bíblico”, de uma mobilização bíblica.

10. Transformar o catolicismo devocional e sacramentalizador em “catolicismo bíblico”. A V Conferência propõe uma “pastoral bíblica” Precisamos ir além desta proposta e vislumbrar um horizonte ainda maior que o catolicismo bíblico, porque a Palavra é criadora, eficaz, regeneradora. É hora de formar nos católico um “coração bíblico”, um apego e familiaridade com a Bíblia para que a Igreja renove suas forças missionárias. A Palavra de Deus, mais precisamente a Bíblia, deve estar na mão de cada criança, de cada jovem, de cada casal, cada cristão. Não podemos ser analfabetos bíblicos, nem tornar rotineira a Palavra viva, fecunda e eficaz. Só podemos ser discípulos com a Bíblia na mão, no coração e pés na missão. A Igreja será atraente e convincente a partir de uma renovação bíblica, eis que chegou a hora da mobilização bíblica nacional.

Dom Orlando Brandes


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/geral/10.htm

Usar ou não Bíblia Protestante?

Tradição, Magistério e Escritura

Cristo não é um fundador de nova religião, nem o cristianismo é uma "heresia" do judaísmo. Os Apóstolos e os discípulos continuaram freqüentando o Templo e seguindo os rituais ali celebrados, até mesmo após a Sua Morte, Ressurreição e Ascensão (Lc 24,53; At 2,46; 3,1) bem como após o Pentecostes (At 2,46; 3,1...). Compartilhavam da "visão" de Jesus de que o cristianismo é o "cumprimento" do judaísmo, o seu ponto de chegada:

"Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só "i" ou um só "til", até que tudo seja cumprido" (Mt 5,17-18).


Entretanto, os primeiros cristãos não conheciam o Novo Testamento tal como se conhece hoje. Quando muito haviam alguns manuscritos destinados apenas a registrar as pregações locais. Os cristãos de Roma, por exemplo, conheciam a pregação de Pedro e, possivelmente, conheciam também uma ou outra das cartas de Paulo (2 Pe 3,15-16). Vê-se facilmente que os escritos atuais dos Evangelhos são verdadeiramente o registro catequético de então, a primeira expressão da Tradição Apostólica, aqueles que foram escolhidos e aprovados entre tantos outros (Lc 1,1-2 diz "muitos"):

"A Tradição de que falamos aqui é a que vem dos Apóstolos. Ela transmite o que estes receberam do ensino e do exemplo de Jesus e aprenderam pelo Espírito Santo. De fato, a primeira geração de cristãos ainda não tinha um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo Testamento testemunha o processo da Tradição Viva" (Catecismo da Igreja Católica, 83).

"Por isso, a pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos. (...) Esta Tradição, oriunda dos Apóstolos, progride na Igreja sob a Assistência do Espírito Santo..." (Constituição 'Dei Verbum', Conc. Vat. II, n.º 8).

Informa Papias que o primeiro Evangelho foi escrito por Mateus em aramaico, que o destinou aos judeus. Vieram outros, inclusive a tradução dele para o koiné, o grego popular de então, que não eram ainda tão difundidos, nem faziam parte de um cânon definido pela Igreja. Somente algumas comunidades tinham uma espécie de compilação mais ou menos aleatória, ao que tudo indica, e não ainda de forma sistemática como hoje:

"Foi a Tradição Apostólica que levou a Igreja a discernir quais os escritos que deveriam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados" ('Dei Verbum, 8,3). Esta lista completa é denominada 'Cânon' das Escrituras. Comporta, para o Antigo Testamento, 46 (45, se contarmos Jeremias e Lamentações juntos) escritos e 27 para o Novo:

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois Livros de Reis, os dois Livros de Crônicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester, os dois Livros de Macabeus, Jó, os Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes (ou Coélet), o Cântico dos Cânticos, a Sabedoria, o Eclesiástico (ou Sirácida), Isaías, Jeremias, as Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, para o Antigo Testamento;

os Evangelhos de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João, os Atos dos Apóstolos, as Epístolas de São Paulo aos Romanos, a Primeira e a Segunda aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, a Primeira e a Segunda aos Tessalonicenses, a Primeira e a Segunda a Timóteo, a Tito, a Filêmon, a Epístola aos Hebreus, a Epístola de Tiago, a Primeira e a Segunda de Pedro, as três Epístolas de João, a Epístola de Judas e o Apocalipse, para o Novo Testamento (Catecismo da Igreja Católica, 120).

Da mesma forma que então, porque inexistente, para os católicos ainda hoje, "só a Bíblia" não é, nem pode ser, o único fundamento para a fé, eis que não se partiu dela para o que se crê. O que nela se compôs foi o então ensinado pelos Apóstolos. Por isso, fundamental ainda lhes é o conjunto formado por: Tradição + Magistério + Escritura:

"Fica portanto claro que segundo o sapientíssimo plano divino a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal maneira entrelaçados e unidos, que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas" (Constituição Dogmática 'Dei Verbum', 10)


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/geral/06.htm

* Magistério da Igreja= significa todo o processo catequético da Igreja, de evangelização permanente; não só refere-se aos processos catequéticos dos sacramentos do Batismo, Eucaristia e Crisma, mas uma catequese permanente, um ensinar a religião e a Fé que se professa por toda a vida, com o objetivo de se aprofundar naquilo que se vive e entender melhor a Tradição e a origem da Igreja e aonde tudo isso nos leva.

Inspiração e Interpretação Bíblica

Por que Jesus Cristo é o centro da Bíblia?


O tema central de toda Bíblia é a pessoa de Jesus Cristo (Lc 24, 27) “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.”; 44 “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.”; Jo 5:39 “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.”), e sendo assim os 72 livros podem ser resumidos da seguinte forma:

Preparação: Todo o Antigo Testamento trata da preparação do mundo para a vinda de Cristo.
Manifestação: Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo, como o Rei e Redentor.
Propagação: Os Atos dos apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja.
Explanação: As Epistolas tratam da explanação de Cristo, dando os detalhes da doutrina.
Consumação: O Apocalipse trata do casamento de Cristo e a Igreja e a consumação de todas as coisas

Fonte: http://blog.cancaonova.com/padreanderson/2010/04/25/por-que-jesus-cristo-e-o-centro-da-biblia/

Ampliar o seu estudo da Palavra - traduções bíblicas

INSPIRAÇÃO


Tal como a Revelação, também a Inspiração Bíblica já acabou. O que ilumina a Igreja em prosseguimento à Obra de Cristo (Jo 20,21) é uma especial Assistência do Espírito Santo, e não se confunde com a Inspiração Bíblica, como a própria Igreja define e explica:

"A verdade divinamente revelada, que os livros da Sagrada Escritura contêm e apresentam, (...). ...escritos sob a Inspiração do Espírito Santo (cf. Jo 20,31; 1 Tm 3,16; 2 Pe 1,19-21; 3,15-16), eles têm Deus por autor e nesta qualidade foram confiados à Igreja. Para escrever os Livros Sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens, na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele próprio queria" ("Dei Verbum" n.º 11; Catecismo. da Igreja Católica n.º 105/106).

"Por isso, a pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos. (...). Esta Tradição, oriunda dos Apóstolos, progride na Igreja sob a Assistência do Espírito Santo..." (Constituição 'Dei Verbum', Conc. Vat. II, n.º 8).

O que não se deve perder de mira é que tanto a Revelação como a Inspiração foram dons ou carismas especiais de Deus para a confecção da Sagrada Escritura, e isto se deu quando dos originais, não se estendendo às traduções, aos comentários ou mesmo à exegese. Por isso, a missão da Igreja de interprete única, por causa daquele já mencionado "depósito" (da fé) que lhe é pertinente:

"O 'depósito' (1 Tm 6,20; 2 Tm 1,12-14) da fé ("depositum fidei"), contido na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos Apóstolos à totalidade da Igreja. 'Apoiando-se nele, o Povo Santo todo, unido a seus Pastores, persevera continuamente na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na Fração do Pão e nas Orações, de sorte que na conservação, no exercício e na profissão da fé transmitida, se crie uma singular unidade de espírito entre os bispos e os fiéis.' (cfr. Catecismo 84)

'O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo' ("Dei Verbum", 10), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma" (idem 85).

Pode-se desde já perceber a importância da Tradição, que é a transmissão das verdades reveladas pelos Apóstolos a seus sucessores, no que se estrutura o Magistério da Igreja.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/geral/05.htm

A importancia dos estudos Bíblicos

REVELAÇÃO

Já ficou claro pelos textos já lidos onde foi exposto que Cristo é a Revelação única e definitiva, e que somente aquilo que transmitiu aos Apóstolos, que nos vem pela Tradição e o Magistério da Igreja, pode-se dizer "revelado". É que, com a morte do último Apóstolo, terminou a transmissão oral da Revelação, o que se conhece por Tradição, ficando apenas o que foi deixado por eles como "depósito" (de fé), como o denominou São Paulo (1 Tm 6,20; 2 Tm 1,12-14), que compõe o Magistério da Igreja, aquilo que ela ensina. Melhor o diz o Catecismo da Igreja Católica, recém promulgado por João Paulo II:

"'Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho' (Hb 1,1-2). Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra Única, Perfeita e Insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não haverá outra palavra além dessa. (...) A Economia Cristã, portanto, como Aliança Nova e Definitiva, jamais passará, e já não se há de esperar nenhuma outra Revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo" (n.º 64-65).

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/geral/04.htm

Por que a Bíblia é Importante?


Só há uma razão pela qual se pode dizer que a Bíblia é importante, tal como São Paulo diz:

"E não somos como Moisés, que punha um véu sobre o rosto, para que os filhos de Israel não vissem o final da glória que se desvanecia; e assim o entendimento deles ficou obscurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo, convertendo-se ao Senhor, é-lhe tirado o véu" (2 Co 3,13-16).

A Bíblia é importante por causa de:

Jesus Cristo

Sem Jesus Cristo, a Bíblia não passa de um dos livros ultrapassados que por ai existem nos museus ou em uso nos mitos e superstições ou fossilizados.

Pode-se pretender que ela seja a Palavra de Deus. E é, mas a Palavra de Deus plenamente revelada por Jesus Cristo. Ele é a Revelação por excelência, a única Revelação do Pai;

Jesus é a Palavra do Pai

Diz-se que Jesus é a PALAVRA porque manifesta ou revela o Pai, tal como Ele mesmo o diz:

"Jesus lhe disse: 'Filipe, há tanto tempo estou convosco e não me conheces? Quem me tem visto, tem visto o Pai. Como podes dizer: mostra-nos o Pai?'" (Jo 14,9).

Também Paulo e João o dizem:

"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura..." (Col 1,15)

"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus (...) Ninguém jamais viu a Deus. o Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer." (Jo 1,1.18).

É essa a função da PALAVRA: tornar conhecido o que ela significa. Caso um professor permaneça em silêncio perante um grupo de alunos, eles nada saberão de seu saber íntimo, pois, sem a palavra nada se sabe. Quando ele começar a falar, a fazer o uso "da palavra", passará a ser entendido e os alunos apreenderão o que ensina, por aquilo que ele "revelar" com a sua palavra. Ora, Jesus "revelou" o Pai; logo, JESUS é a PALAVRA DO PAI.


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/geral/03.htm

Fundamentalismo na Leitura Bíblica

Etapas para o entendimento Bíblico

A Bíblia como Literatura

domingo, 19 de setembro de 2010

Setembro: mês da Bíblia


No mês de Setembro celebra-se na Igreja do Brasil, o mês da Bíblia. Nesta hora nos perguntamos: "Mas por que um mês especifico para a Bíblia? Ela só será lida neste mês?" Na verdade, não é bem assim. O mês de setembro é dedicado à Bíblia, da mesma forma como o mês de Maio é dedicado à Maria. Faz parte do calendário liturgico, para nos lembrar da importancia da Palavra na vida do cristão, assim como celebrar Maria nos recorda da importancia da mãe de Deus na história da Salvação e do seu Reinado de intercessora em nossa vida; além de recordar-nos da importancia do papel da mãe no sucesso pessoal de vida, como pessoa, de um filho.

"Desde o Concílio Vaticano II, a Bíblia ocupou um espaço privilegiado na família, nos grupos de reflexão, círculos bíblicos, na catequese e nas pequenas comunidades. A Igreja no Brasil desenvolveu toda uma prática de leitura e relexão da Bíblia que muito contribui para o sustento da fé e da caminhada das pessoas. É uma forma muito rica de viver a missão da Igreja que é servir a Palavra." Apresentação do manual do mês da Bíblia 2010.

Este mês não significa que a Bíblia só deve ser celebrada em setembro. Na verdade, é para nos lembrar da importancia da Palavra em nossa vida. Escola de formação, alimento da Alma, Resposta de todos os males, adubo para a semente de nosso coração.... Não importa como Ela seja chamada, importa que Ela se faça presente em nossa vida todos os dias, servindo de alimento para a Alma, para ajudar a germinar o Espírito Eucarístico vivo em Nós!

"Louvor e Glória a ti Senhor! Cristo Palavra, Palavra de Deus!"

"Dieu soit Loué!" ("Deus seja louvado!")

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Série sobre vocações

Para encerrar o mês Vocacional, vamos acompanhar está série de vídeos sobre vocações produzida pela Produtora Canção Nova.

Desperta Senhor Nossa Vocação! Derrama o seu Santo Espírito sobre nós, Senhor!

"Que Sua Vontade se faça em mim!"

Homenagem pelo Dia do Catequista

Homenagem pelo dia do Catequista da Paróquia Nossa Senhora Aparecida - CPS/SP, no ano de 2009. Esta homenagem é muito bonita e é uma Boa Homenagem aos nossos Catequistas. Aos da Nossa Comunidade e da Paróquia, também!

Feliz Dia do Catequista a todos!

A missão do catequista


Quando se fala em catequese, muitos pensam naquela que prepara as crianças para a Primeira Eucaristia ou a Crisma. Engana-se quem acha que catequese é o mesmo que "dar catecismo", pois ela faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina, como também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica.

Segundo o documento de Puebla e a afirmação dos Bispos do Brasil, a catequese é um processo de educação da fé em comunidade, é dinâmica, é sistemática e permanente.


O Papa João Paulo II disse: "A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com fim de iniciá-los na plenitude da vida cristã" (CT). Segundo o Novo Catecismo da Igreja Católica (1992), "no centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus Cristo de Nazaré, Filho único do Pai...”.

A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só Ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade. Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: 'Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou' (Jo 7,16)" (NCIC, 426-427).

Em sua origem, o termo "CATEQUESE" diz respeito à proclamação da Palavra. O termo se liga a um verbo que significa "Fazer", "Ecoar" (gr. Kat-ekhéo). Assim, a ela tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus. A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina como também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica.


Todo cristão que aceita Cristo por inteiro é o verdadeiro batizado; ele é responsável em anunciar a Palavra de Deus, a começar por si próprio e pela família. Para tanto, tem uma maturidade cristã de fé e de amor ao próximo e à Igreja.

A missão do catequista mais do que passar as regras, a doutrina, é promover entre a Pessoa de Jesus e o catequizando um encontro pessoal. A verdadeira catequese promove um encontro com Jesus.

Oração do Catequista: Concedei-me, Senhor, o dom da sabedoria que provém do vosso Santo Espírito. Daí-me o entendimento de vossa verdade para que eu possa vivê-la e comunicá-la a tantas pessoas que desejam conhecê-la. Iluminai-me com a luz da verdadeira fé para que eu possa transmiti-la aos corações sedentos de autenticidade.

Jesus, Mestre Divino, que formastes os apóstolos segundo os princípios do vosso Evangelho, conduzi-me sempre pelos caminhos de vossa verdadeira ciência.

Ajudai-me, Senhor, a assumir o compromisso de minha missão de catequista e fazei que eu me torne capaz de orientar muitos outros no caminho da verdadeira felicidade.

Que eu me deixe envolver profundamente pelo amor do Pai e possa comunicar esse amor aos meus irmãos e irmãs. Amém.


Minha benção fraterna.
Padre Luizinho - Com. Canção Nova

Dia do catequista

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.


A Igreja Católica celebra no dia 29 de agosto deste ano o dia nacional do catequista. Na ação pastoral da vida eclesial é tão importante a missão do catequista, verdadeiros evangelizadores, que Jesus, antes de começar sua pregação, escolheu seus doze discípulos, que deveriam se espalhar pelo mundo inteiro, anunciando a boa nova, isto é, evangelizando as pessoas.

O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo, promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.

Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
Quando Ele disse a seus discípulos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, estava iniciando com eles um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.

O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de Deus.

Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente, se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-missionários.


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/eurico/245.htm

A vocação dos leigos


A vocação e missão do leigo, este é o tema de que falarei nesta tarde. Às vezes, nós pensamos que leigo é uma pessoa sem importância, que importantes são os padres, bispos, religiosos. Mas, nós também somos importantes na Igreja.

Leigo significa aquele que não recebeu as ordens sacras. É aquele que trabalha, é consagrado a Deus, mas não é um ministro ordenado na Igreja, porque não fez um compromisso específico com Deus.

Será que nas coisas que realizamos concretamente no dia-a-dia, temos vivido deixando o Senhor ser a nossa razão de viver? Ou o Senhor só é nosso tudo quando estamos de férias, com saúde, dinheiro? Ou quando estamos passando por conflitos, tribulações na família? Será que nesses momentos dizemos ao Senhor que Ele é nosso tudo? Será que temos feito do Senhor nossa razão de viver?

Nossa vocação é a de ser santos. Nós encerramos o mês vocacional amanhã (31). Como temos vivido nossa vocação à santidade? Como leigos que somos precisamos compreender que Deus nos chama e tem um lugar particular para nós.

Há pessoas que pensam que não poderão ajudar em nada porque já há os padres, religiosos..., mas nós também temos o nosso lugar.

“Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário” (Mateus 20,1-4).

Será que o Senhor tem passado por esta “vinha”, que é o mundo, e tem encontrado gente sem fazer nada? O que nós estamos fazendo?


A vocação do leigo não é outra a não ser estar inserido na realidade – sendo operário de Deus. Talvez no lugar que você esteja, hoje, nenhum padre vai chegar, nem uma congregação religiosa, então, o leigo precisa ser um sinal de Reino de Deus nesses lugares.
Arrume tempo para você trabalhar na Igreja de maneira concreta, assumindo um ministério. Pois sua missão – como consagrado a Deus no batismo – vai além.

Será que nós perdemos tempo na fila de banco, xingando, ou aproveitamos bem nosso tempo rezando o terço? Às vezes, eu entrava numa fila de banco e via que ela estava enorme, e como não havia outro jeito [a não ser esperar], eu puxava uma conversa e ia evangelizando.

Talvez o padre da sua paróquia não tenha tempo para evangelizar na fila do banco, mas você tenha. E se você não assumir a sua missão de evangelizador nesse lugar – quem é que vai? Somos chamados a ser sinais e testemunho neste mundo.

Fomos selecionados por Deus para ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a toda a criatura. Comece pelos dois vizinhos da sua rua, reze um terço uma vez por semana com eles, depois de um mês, partilhe a liturgia do dia, comece testemunhando com a sua vida.

Na maioria das vezes quem impede que nossos familiares se convertam somos nós mesmos com o nosso contratestemunho. Minha mãe insistia pela minha conversão, falando comigo de Deus. Depois que ela começou a falar de mim para Deus, desgastando-se pela evangelização, eu me interessei em saber por que ela tinha me deixado [de lado]. E isso começou a mexer comigo porque o testemunho arrasta. Então, até que um dia eu fui ver o que minha mãe fazia no grupo de oração e fui ficando e estou até hoje.

Nós somos operários da “vinha do Senhor” onde quer que estejamos, por isso, precisamos do Espírito Santo, pois temos uma grande missão, temos que ser testemunhas.

Você reza quando vai comer? Você faz isso no seu trabalho? As pessoas percebem? Porque você é um operário da “vinha”, muitas vezes, até aparece alguém pedindo por sua ajuda.

Talvez aquela pessoa, com a qual você convive, ainda não tenha tido um encontro com Deus porque você não fez nada. As pessoas precisam reconhecer os “operários da vinha”. Talvez elas nunca irão à igreja, mas nós precisamos ser presença de Deus na vida delas.

Que Deus o abençoe! Seja esse sinal de salvação para o mundo.

Geraldo Fiuza Membro da Comunidade Canção Nova que atua no ministério de pregação em diversos encontros por todo o país.

Fonte: http://www.cancaonova.com/

Lindo Céu - Adriana Ribeiro



Podemos e devemos buscar o Céu, buscar coisas do Céu... Ser santos ou nada!

Louvado seja Deus!

O leigo na Igreja

Todos os fiéis são encarregados por Deus ao apostolado


No 4° final de semana de agosto, a Igreja Católica celebra a vocação dos fiéis leigos. Incorporados a Cristo pelo batismo, eles participam das funções de Cristo Sacerdote, Profeta e Pastor. Conforme afirmação do "Documento de Puebla", são "homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja" (DP, 786).

Paulo VI lembrava que "o espaço próprio de sua atividade evangelizadora é o vasto e complexo mundo da política, da realidade social e da economia, como também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos Meios de Comunicação Social, e outras realidades abertas à evangelização, como o amor, a família, a educação das crianças e adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento" (EN, 70).

Além desse espaço próprio, a Conferência de Aparecida afirma que "os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho de vida e, em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores". Ainda: "aos catequistas, ministros da Palavra e animadores de comunidades que cumprem magnífica tarefa dentro da Igreja, os reconhecemos e animamos a continuarem o compromisso que adquiriram no batismo e na confirmação" (DA, 211).

O Catecismo da Igreja Católica declara que "todos os fiéis são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação". Por isso, "os leigos têm a obrigação e o direito de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra" (CIC, 900).

A Igreja reconhece o grande trabalho desenvolvido pelos fiéis leigos e leigas na obra evangelizadora. Como bispo, estou ciente de que a Igreja ganha beleza e eficiência na medida em que conta com a efetiva participação de leigos em sua obra evangelizadora. Quando bispos, padres, religiosos e leigos atuarmos em igualdade de condições e com igual senso de responsabilidade, o rosto da Igreja Diocesana será muito mais atraente e a mensagem de Jesus Cristo será melhor anunciada e assimilada.

Parabéns pelo dia do leigo e da leiga e obrigado pelo testemunho fiel ao Evangelho e que Deus abençoe sua missão, sua vida e seu trabalho!

Dom Canísio Klaus
Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul - RS

25/08/2010 - 08h00


Fonte:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11988

A Vocação do Diaconato Permanente

Esse chamado passa pelo discernimento da Igreja


O diácono permanente é uma vocação da Igreja para o serviço da comunhão, para o serviço dos irmãos. Neste texto gostaria de falar sobre essa vocação, porque é uma novidade na própria Igreja, e em muitas dioceses ainda não está implantada.
No site da Comissão Nacional dos Diáconos Permanentes: www.cnd.org.br, o padre Walter Goedert apresenta uma definição e comentários muito interessantes sobre a vocação, destaco o que ele escreve:
"Dado que o diácono permanente é simultaneamente pai e esposo, exerce uma profissão civil e se consagra à comunidade eclesial pelo sacramento da Ordem, sua vocação abrange vários aspectos. Na verdade, são três grandes dimensões: familiar, profissional e eclesial. Embora com desafios próprios, estas não deixam de contribuir positivamente para a realização da vocação diaconal.

Administrar esses desafios e colocá-los a serviço da missão constitui tarefa diária. É preciso maturidade para atribuir a cada função o peso certo no momento exato. A harmonização dos possíveis conflitos exige uma escala de valores ditada pela vivência dos sacramentos do Matrimônio e da Ordem, e pela responsabilidade profissional. Não se trata de privilegiar uma das dimensões em detrimento das outras; é preciso, mesmo dando prioridade momentânea a uma delas, buscar o equilíbrio. Sem essa harmonia não existe plena realização vocacional.

Uma vez que a vocação inclui aspectos sobrenaturais (é Deus quem chama e espera resposta), é necessário aplicar à vocação diaconal as características bíblicas do chamado. Vocação é antes de tudo, dom de Deus: "Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações" (Jr 1,4-5). É também dom para a Igreja.

Um bem para o vocacionado e para sua missão. Como dom, deve ser acolhido dentro das circunstâncias de tempo e de ambiente. Na avaliação da autenticidade de uma vocação devem ser levadas em consideração as aptidões objetivas do candidato, a livre determinação da vontade e a confirmação do chamado pela Igreja. Esse processo deve ser feito em estreita união com a família do candidato [ao diaconato], com a comunidade eclesial e com os responsáveis diretos pela formação diaconal.
A Sagrada Escritura revela, ainda, que o chamado acontece em vista de uma missão especifica. É convite pessoal que espera adesão consciente de fé e de vida, incluindo uma consagração particular a Deus em forma de serviço ao povo. Toda vocação constitui um serviço; o chamado ao diaconato o é de forma especial por ser o diácono sinal sacramental de Cristo-Servo.

O serviço, comum a todos os cristãos, o diácono o assume como função própria, da qual dá testemunho personalizado. Abraça a diaconia com toda a intensidade de sua vida, como algo que lhe diz particularmente respeito. João Paulo II afirma: "O diaconato empenha ao seguimento de Jesus, nesta atitude de serviço humilde que não só se exprime nas obras de caridade, mas investe e forja o modo de pensar e de agir" (L'Osservatore Romano, ed. portuguesa, n. 43 (24/10/93), p 12). Por isso, Puebla afirmou que a missão e a função do diácono não devem ser avaliados com critérios meramente pragmáticos, por estas ou aquelas funções [...]. O carisma do diácono é ser sinal sacramental de Cristo-Servo (P 697-698).

Embora a vocação surja de um chamado de Deus, Ele o faz, normalmente, por meio de caminhos ligados à realidade em que vivemos. O chamado é acolhido por homens concretos, cada qual com sua história, limitações e qualidades. Por conseguinte, o discernimento vocacional deve levar em consideração não só critérios objetivos, mas também requisitos pessoais, espirituais, familiares e comunitários ('Diretrizes para o diaconato permanente', 135-139). Devem ser considerados desde as tendências instintivas e os desejos íntimos até o modo de ser de cada um, seu ambiente, sua história."

A vocação, portanto, passa pelo discernimento da Igreja, que, como mãe, acolhe aqueles homens dispostos a dedicar a vida ao serviço da Igreja, ao povo de Deus.

Sou diácono permanente desde o dia 5 de julho de 2008, portanto, há dois anos tenho a graça de servir a Igreja na minha pobreza, com a certeza de que o Deus, que me chamou pessoalmente a este serviço, me ajuda a cada dia com o auxílio de Sua Graça, o apoio de muitos amigos e de minha comunidade e a compreensão de minha esposa e de minhas duas filhas.
Se você sente este impulso de "ser menos" para servir melhor a Igreja, o caminho é buscar o seu pároco e falar sobre isso, e se ele indicá-lo para essa função você deverá fazer a sua preparação na Escola Diaconal de sua diocese, caso ela tenha esta escola, pois em muitas dioceses ela ainda não foi implantada. E, assim, colocar a vida nas mãos de Deus, buscando a fidelidade nas orações, se dispondo a estar próximo ao altar como ministro extraordinário da sagrada comunhão, pregando a Palavra de Deus e sendo atuante na sua comunidade.

Deus abençoe a sua vocação.

Diácono Paulo Lourenço
blog.cancaonova.com/diaconopaulo

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11986

É possível encontrar um amor em Deus?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Livro Essencial para todo Catolico: "O Catecismo da Igreja Católica"


Toda pessoa que se diz católica e professa está fé, deveria ler ou pelo menos saber o que está escrito neste documento da Igreja.

"O Catecismo da Igreja Católica" explicita todos os valores doutrinarios da Igreja, parte do aspecto teológico e, é primordial para que conheçamos de verdade a nossa religião.

"O Catecismo da Igreja Católica" é, além de uma ferramenta doutrinaria, um auxílio para o aprofundamento em leituras bíblicas; orientando a interpretação da Palavra a luz da Doutrina Católica, para melhor vivenciarmos a presença de Deus Amor no nosso dia-a-dia. Entendendo o que a Palavra tem a nos dizer, fica bem mais fácil viver, de fato, esta Fé e tornar-se mais livre.

Ora, como posso professar uma fé e, defendê-la sem que eu saiba de fato o que diz ou o que fala a Santa Igreja de Cristo, da qual faço parte? O melhor é ficar em um cristianismo superficial em que eu apenas cumpro sacramentos por obrigação sem saber o porquê? Será que eu acabei me tornando um "papagaio", repetindo aqui e ali o que eu aprendi na catequese ou o que eu escuto alguém dizendo? Por que será que sempre paramos na Iniciação Cristã, proporcionada pelos sacramentos da Eucarístia e da Crisma e, não damos passo à um cristianismo aprofundado, vivenciado na vida pessoal e comunitária?

Os sacramentos só são o Princípio da nossa Fé. Devemos buscar cada vez mais viver uma experiencia real com Jesus Cristo, e todos os dias. Senão não teria mais sentido eu rezar o "Creio", quando eu professo as palavras desta oração eu tenho que ser testemunho de vida e de transformação para os irmãos, não só nas palavras, mas de coração, com atos concretos. Minha vida também precisa sofrer a transformação de água em Vinho.

Peçamos ao Senhor que nos lave com seu Espírito, para que purificados, possamos nos tornar o "Bom Vinho" do Senhor.

Vinde Espírito Santo e, enchei o coração dos vossos fiéis!

Regiane Estanqueiro.


"O Catecismo da Igreja Católica" pode ser encontrado em qualquer loja de produtos católicos ou no site do próprio Vaticano, pelo link abaixo:

http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html

e o compêndio (linguagem mais popular, divulgada pelo Papa Bento XVI):

http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html

Para quem quiser algo mais simplificado, com o mesmo conteúdo, mas de linguagem mais acessível, há também o livro do Profº Felipe Aquino: "O Catecismo da Igreja responde de A a Z".

Mais informações pelo site:http://shopping.cancaonova.com/

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 07

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 06

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 05

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 04

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 03

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 02

Padre Paulo Ricardo discute a Teologia da Libertação - Parte 01

Padre Paulo Ricardo, diretor diocesano do seminário de Cuibá, disculte a Teologia da Libertação, a partir do documento Apostólico do Vaticano: "Libertatis Nuntius". Progrma Escola de Fé, na TV Canção Nova.

domingo, 15 de agosto de 2010

Assunção da Virgem Maria

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.


A expressão de alegria de Isabel, ao acolher Maria, recorda a surpresa de Davi ao acolher a Arca da Aliança. É por isto que dizemos, na ladainha, que Maria é a arca da nova Aliança, por ser ela a Mãe do Menino que é chamado santo, Filho de Deus. Mas o elogio de Isabel a Maria vai além da sua maternidade física.

A grande bem-aventurança de Maria é ter acreditado que as coisas ditas pelo Senhor iriam se cumprir. Isto está em perfeita sintonia com o Evangelho de Lucas, no qual ela aparece como modelo da discípula.

O próprio Jesus afirma haver uma bem-aventurança que supera a da maternidade física: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lc 11,17-28). Maria, a escrava do Senhor, merece a bem-aventurança dos ouvintes cristãos a quem Lucas chama de servos e servas do Senhor.

Ressaltamos, no contexto da grande festa do próximo domingo, que duas são as características mais importantes de Maria no relato da visita a Isabel. E são exatamente as qualidades do discipulado no Evangelho de Lucas: atenção e adesão absolutas à Palavra de Deus e, como conseqüência disto, serviço incondicional a quem necessita. Maria é discípula fiel (em relação a Deus) e solidária (em relação ao próximo).

Maria é a mulher feliz da fé, porque foi escolhida para cooperar ativamente na salvação dos homens. Ao ser saudada por Isabel, proclama o Deus misericordioso que exalta os pobres e pequeninos em detrimento dos ricos e poderosos.

No pontificado do Papa Pio XII, em 1950, foi definido o dogma da Assunção de Nossa Senhora. Ignoramos quando e como se deu a morte de Maria, desde muito cedo, festejada como “dormição”.

A Igreja celebra, com a Assunção de Nossa Senhora, a realização do Mistério Pascal. Sendo Maria a "cheia de graça", sem sombra alguma de pecado, quis o Pai associá-la à Ressurreição de Jesus.

Elevada aos céus, ela é imagem e modelo da criatura plenamente salva, liberta, realizada. Pela misericórdia e grande amor do Pai por nós, na Assunção de Maria, a terra e o céu se encontram.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/eurico/244.htm

Assunção da Virgem Maria aos Céus




Fonte: http://www.webtvcn.com/video/homilia_15_08_10/p/&web2009&homilia_dominical&

"Santa Maria, Rogai por nós! Nos ensina a ser cada vez mais santos."

sábado, 14 de agosto de 2010

Vocação a vida Religiosa/Consagrada

A importância da vida consagrada


Quando a Igreja fala de Vida Consagrada, está falando de uma vocação, que tem várias modalidades de vida dentro da Igreja. Seguem essa vocação os Monges e Monjas, os Religiosos e Religiosas, das Ordens, Congregações e Institutos Religiosos. Além desses, existem os membros dos Institutos Seculares, bem como os consagrados e as consagradas de assim chamadas “Novas Comunidades”, muitas das quais nasceram dentro de Movimentos eclesiais relativamente recentes ou formam seu núcleo central. Há também a Ordem das Virgens consagradas, restaurada por Paulo 6º a partir do Concílio Vaticano 2º, cujos membros não constituem comunidade de vida, mas vivem no mundo, tendo consagrado sua virgindade a Cristo para o testemunho e o serviço na sua respectiva diocese.

Neste Mês Vocacional, divulguemos também esta vocação de Vida Consagrada e rezemos por ela, porque constitui um grande tesouro na Igreja e é uma excepcional força e serviço nas atividades da pastoral direta nas dioceses e paróquias, como também no setor de escolas, colégios e universidades, no setor dos hospitais e demais serviços de saúde, no setor de obras assistenciais, só para citar os mais conhecidos.

Cada forma de Vida Consagrada tem um carisma próprio, ou seja, seus fundadores decidiram – e depois a Igreja os aprovou – viver um ou mais aspectos do Evangelho de Jesus Cristo numa forma radical e ampla e ainda professar os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade como algo próprio e comum de todas as formas de Vida Consagrada. Assim, os fundadores lhes deram normalmente uma Regra de Vida e Constituições ou apenas Constituições, que lhes dão organização e normas de vida.
O Concílio Vaticano 2º, ao tratar da Vida Consagrada, diz: “O estado (de vida Consagrada) constituído pelos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está contudo firmemente relacionado com sua vida e santidade” (LG, 44). “Os conselhos evangélicos da castidade consagrada a Deus, da pobreza e da obediência se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. São recomendados pelos Apóstolos, Santos e Padres e pelos mestres e pastores da Igreja. Constituem um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e por graça dele sempre conserva. A própria autoridade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, cuidou de interpretar os conselhos evangélicos, regulamentar-lhes a prática e estabelecer formas estáveis de vida” (LG 43).

A Vida Consagrada é sobretudo um sinal. Diz o Concílio: “A profissão dos conselhos evangélicos se apresenta como um sinal que pode e deve atrair eficazmente todos os membros da Igreja para o cumprimento dedicado dos deveres impostos pela vocação cristã. Como, porém, o Povo de Deus não possui aqui (no mundo) morada permanente, mas busca a futura, o estado religioso (de Vida Consagrada), pelo fato de deixar seus membros mais desimpedidos dos cuidados terrenos, ora manifesta já aqui neste mundo a todos os fiéis a presença dos bens celestes, ora dá testemunho da nova e eterna vida conquistada pela redenção de Cristo, ora prenuncia a ressurreição futura e a glória do Reino celeste” (LG 44). Assim, a Vida Consagrada é sinal das coisas de Deus, da nossa ressurreição futura e da glória do Reino celeste, pois faz destas realidades sua vida já aqui no mundo.

João Paulo 2º diz: “A primeira tarefa da Vida Consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mas do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloqüente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. A essa admiração dos homens respondem com o anúncio dos prodígios da graça que o Senhor realiza naqueles que ama” (VC, 20). “Deste modo, a Vida Consagrada torna-se um dos rastos concretos que a Trindade deixa na história, para que os homens possam sentir o encanto e a saudade da beleza divina”, diz o Papa (VC,20). Exemplos de pessoas consagradas são os brasileiros: Santa Paulina, Beato Frei Galvão e Beato José de Anchieta.

A Vida Consagrada torna seus membros testemunhas de Cristo no mundo, sobretudo pela prática da caridade, da solidariedade com os pobres e os excluídos e pela missionariedade. “Há que afirmar que a missionariedade está inscrita no coração mesmo de toda forma de Vida Consagrada”, afirma o Papa (VC, 25).
Então, que o Mês Vocacional seja uma oportunidade feliz para fazer conhecer e amar esta vocação tão preciosa da Vida Consagrada!


Dom Cláudio Cardeal Hummes
Arcebispo de São Paulo

Vocação à vida religiosa




Fonte: http://www.webtvcn.com/video/serie_vocacao_3_2009/p/&cnnoticias¬icias&

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pai, uma missão sem fim!

Aquilo que não foi semeado não poderá ser colhido


A missão confiada aos pais não é assegurada somente quando nossos filhos são apenas crianças. Precisamos ser bons mestres tanto nos ensinamentos como em atitudes, e isso não cabe a nenhuma escola. Muitas vezes, o acúmulo de coisas e outras preocupações pertinentes aos genitores fazem passar despercebido o fato de que a formação do caráter dos filhos depende deles.

Numa casa, nos finais de semana, sempre há muitas coisas para ser resolvidas; outras para ser consertadas, entre outros. E quase sempre, na tagarelice de criança, estará o filho rodeando o pai simplesmente para estar junto dele, ou para espalhar suas ferramentas. O filho – sem ter conhecimento - dispõe ao pai uma oportunidade de fortalecer vínculos e de fazer de uma simples tarefa doméstica uma experiência inesquecível para ambos; mesmo quando ele [o filho] inventa brincadeiras no mesmo local onde o pai está trabalhando.


São esses momentos que propiciam maior intimidade entre pais e filhos, por mais breve que sejam eles. Certamente, em pouco tempo, já não estarão mais interessados em ajudar a apoiar uma escada, nem a lavar o carro ou arrumar uma antena...
Nossas crianças não crescem já conhecendo sobre o que é certo e errado, tampouco têm idéia sobre a necessidade de se esperar o momento adequado para ganhar o presente que desejam ou ainda fazer aquilo que bem entendem como se o mundo girasse ao redor delas. Por outro lado, a missão de pai não termina com a chegada da juventude do filho. Rapidamente outras atividades vão tomar parte da vida de nossos jovens e não permanecerão eternamente sob as sombras dos pais. Dentre as novas ocupações, também vão estar o “compromisso” de responder e-mails, atualizar seus contatos em sites de relacionamentos, entre outras coisas.

Lembro-me de que na minha adolescência, pouco a pouco, fui estimulado a buscar trabalho, me fazendo assim conquistar o próprio dinheiro. Isso me permitiu experimentar a sensação de alcançar a minha “independência financeira” e de aprender como controlar meus próprios gastos. A sensação de ser dono do “próprio nariz”, ainda que não tivesse maturidade suficiente para enfrentar as próprias responsabilidades, já me estimulava a firmar meus propósitos naquilo que achava estar correto.

Na atitude natural daqueles que procuram proteger e defender seus objetivos e diante do parecer contrário dos pais a respeito de seus interesses, o jovem pode replicar questionando: “Por que não?”. Certamente, uma simples resposta de “porque sim” ou “porque eu quero assim” já não mais será suficiente para convencer o filho. De outro modo, abrir mão da responsabilidade e das regras estabelecidas em casa, deixando o jovem viver segundo seu bel-prazer, não deverá ser o caminho mais fácil para se evitar conflitos.

Podemos enfrentar algumas dificuldades para assimilar as possíveis diferenças de opiniões e de comportamento de nossos filhos. Mas a constância nas observações das normas e a perseverança na vivência das virtudes não permitirão que os laços de amizade e de confiança da família se tornem infecundos. Assim, o respeito mútuo será o sustentáculo que permitirá o diálogo, no qual, poderão encontrar - juntos - a melhor maneira para se equacionar possíveis impasses.

Lembremos que aquilo que não foi semeado não poderá ser colhido, nem sob a condição de uma autoridade opressora.

Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista.
Outros temas do autor: www.dadomoura.com

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=10791

A importancia da Família

Essa semana celebra-se a família, tão importante para todos os seres humanos e para o desenvolvimento completo de uma pessoa. Tal é a importancia da família para Deus que Nosso Senhor quis nascer em uma família como prova de seu Amor pela instituição familiar.

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O relato de São João sobre as Bodas de Caná (cap. 2,1-11) mostra claramente como Jesus valoriza a família. Foi o Seu primeiro milagre, abençoando com Sua presença os noivos, que pretendiam iniciar uma nova família. Ele quis iniciar o anúncio do Reino em um casamento, mostrando que a família é importante para Ele.

A família é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. Ao longo da história da humanidade, assistimos à destruição de nações grandiosas por causa da dissolução dos costumes, a qual foi motivada pela desvalorização da família.
No nosso mundo de hoje, depois que ficou liberado o divórcio indiscriminadamente, a família ficou ameaçada em sua estrutura e é por isso que vemos, através dos meios de comunicação e até na comunidade em que vivemos, cenas terríveis. Filhos drogados matam ou mandam matar os pais, pais matam filhos por motivos fúteis, mães se desfazem de seus bebês, quando não cometem o crime hediondo do aborto quando a criança não tem como se defender. Há problemas seriíssimos. Quando os pais se separam alguma coisa se parte no íntimo dos filhos. Eles não sabem se é melhor ficar com o pai ou com a mãe. No fundo, eles gostariam de ficar com os dois. Em paz e harmonia, é claro.

O amor está sendo retirado do coração dos homens e das mulheres. E, em consequência disso, a família está perdendo a sua unidade e a sua dignidade. Isso acarreta a dissolução dos costumes. A família decai e a sociedade decai. Precisamos compreender e nos lembrar sempre de que Deus nos deu uma família a fim de que, num âmbito menor, nós pudéssemos aprender a amar todos os nossos semelhantes.

O desenvolvimento tecnológico tem seus pontos benéficos. Facilitou a vida das pessoas. Mas facilitou de tal modo que a humanidade ficou mal-acostumada. Só quer o que é fácil. Não se interessa pelo que exige esforço, luta. No entanto, o que conquistamos com esforço tem um sabor muito melhor. Parece que nos esquecemos disso.
Na passagem das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho, em bom vinho. Ele poderia ter tirado o vinho do nada, mas Ele quis a participação humana. Por isso, mandou que enchessem as talhas de água. Hoje também o Senhor quer que nós enchamos a "talha de nossa vida", a nossa existência, de "água" que Ele transformará no melhor "vinho".

Que é que isso quer dizer? Quer dizer que precisamos colocar amor em nossa vida, em nossa família, para que Ele transforme esse amor humano em amor divino, o mesmo amor que une as pessoas da Santíssima Trindade e que é tão grande e tão repleto de felicidade, que extravasa, explode e quer ser espalhado entre nós. E é por meio dele que encontraremos a plenitude da felicidade.
Não é fácil cultivar o amor às vezes, é até difícil. Mas o difícil, quando conquistado tem um valor inestimável. Temos prova disso. Em uma competição esportiva, por exemplo, o vencedor fica mais satisfeito quando enfrenta adversários mais difíceis.

Viver em família, viver em união dentro da família não é fácil. Mas fácil não é sinônimo de bom. Talvez seja até o contrário.

A família precisa de amor para ser bem estruturada. A sociedade precisa das famílias para realizar a justiça e a paz porque a sociedade é uma família amplificada.
Falta o "vinho" para as nossas famílias. Esse "vinho" é o amor. É preciso que cada membro da família se esforce. Que os pais assumam verdadeiramente o seu papel. Apesar de ser bem árdua a tarefa dos genitores no mundo de hoje, não se pode desanimar. É necessária e urgente a ação paterna. O jovem é, por natureza, rebelde, quer ser independente. Desperta para o mundo e seus problemas e questiona tudo. Mas os pais precisam participar de sua vida, de uma maneira ou de outra, porque, mesmo errando algumas vezes, ainda assim, estes [os pais] têm capacidade de orientar e ajudar os filhos. Não podemos deixar tudo por conta dos companheiros, da escola, da sociedade ou de sua própria solidão.


Os pais devem fazer o acompanhamento dos filhos, procurar saber o que está acontecendo com eles, tentar ajudá-los de várias maneiras: com orientações, com atitudes exemplares, com o diálogo, com orações. Sempre. Tanto em casa, como na escola, na vida religiosa e social, nos namoros, entre outros.
Muitas vezes, os pais se sentem impotentes. Muitas vezes, achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos. Entretanto, esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz, estaremos enchendo de "água" a nossa "talha". E a Santíssima Virgem Maria já estará falando com o Filho: "Eles não têm vinho". E Jesus virá nos transformar, transformar a nossa "água" em "bom vinho", transformar a nossa dificuldade em vitória.

Aliás nestes dias estou tendo a alegria de participar, no Rio de Janeiro, sob a orientação de nosso venerando amigo e dileto irmão Dom Orani João Tempesta, O. Cist, Arcebispo de São Sebastião, de mais um curso para bispos analisando o cambiamento de época. Nesse sentido a família não pode ser afetada pelos modismos, porque nela reside a grande esperança de um mundo melhor, de amor verdadeiro e de Igreja comprometida em valorizar a família humana, rosto da família divina.


Dom Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)